Nos últimos anos, o uso da cannabis medicinal tem se mostrado uma alternativa promissora como coadjuvante no tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Diversos estudos clínicos e relatos de familiares apontam que o óleo de cannabis, especialmente os produtos ricos em canabidiol (CBD), pode contribuir para a melhora de sintomas como agitação, agressividade, distúrbios do sono, hiperatividade e crises de ansiedade.

O que a ciência diz sobre o uso de cannabis no TEA?
Pesquisas em andamento têm revelado que o CBD atua no sistema endocanabinoide, um conjunto de receptores presente no cérebro e em todo o organismo, responsável pela regulação de funções como humor, sono, inflamação e resposta ao estresse. Em pessoas com TEA, esse sistema pode estar desregulado, o que justificaria os efeitos positivos observados com a administração de medicamentos com cannabis.
Estudos realizados em países como Israel, Canadá e Brasil mostraram que, em muitos casos, o uso do óleo de cannabis resultou em:
- Redução de comportamentos autoagressivos;
- Melhora na interação social;
- Redução de crises de raiva ou ansiedade intensa;
- Melhora no padrão de sono e apetite;
- Menor necessidade de medicamentos psiquiátricos com efeitos colaterais severos.
Cuidados no uso da cannabis medicinal para TEA
Apesar dos avanços, é fundamental ressaltar que cada paciente é único, e a resposta ao tratamento com CBD pode variar. Por isso, o uso da cannabis no tratamento do autismo deve ser sempre acompanhado por um médico habilitado, com conhecimento sobre prescrição de canabinoides.
O profissional avaliará aspectos como:
- Dosagem ideal e forma de administração (óleo, cápsula, etc.);
- Interações com medicamentos já em uso;
- Histórico clínico e perfil comportamental do paciente;
- Necessidade de ajustes progressivos ao longo do tratamento.
Além disso, é essencial que o medicamento utilizado seja adquirido em farmácias legalmente autorizadas, garantindo qualidade, concentração correta e segurança.
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